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terça-feira, 7 de junho de 2016

Prenda logo esses caras, Teori!




Umas das notícias mais comentadas do momento foi que o procurador-geral da República, o meu xará Rodrigo Janot, requereu a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do ex-presidente José Sarney e do senador Romero Jucá (PMDB-RR) devido às tentativas dos mesmos em interferirem nas investigações da Lava Jato, como informa em sua manchete o jornal O Globo. Sabe-se também que Janot pediu o afastamento de Renan, com argumentos parecidos com os que levaram ao afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara. 

Depois dessas vergonhosas gravações que o Brasil inteiro assistiu pela TV na semana passada, o mínimo que o ministro Teori Zavascki do STF pode fazer é obrigar tais elementos a aguardarem julgamento na cadeia ou, caso venham a aderir ao benefício da delação premiada, que fiquem depois em casa usando aquelas tornozeleiras eletrônicas. Aliás, seria inédito na História do país a Justiça determinar a prisão de um presidente do Senado e de um ex-presidente da República.

Ora, se pensarmos de maneira republicana, tais indivíduos não têm nada de diferente de um cidadão comum que trabalha duro todos os dias pagando seus pesados impostos. Aliás, vejo a Lava Jato como a concretização de um antigo anseio da população brasileira que é ver a ética prevalecendo na política já que há cinco séculos o que tem prevalecido no Brasil é a impunidade.

Sendo assim, torço para que, independentemente do impeachment, a Lava-Jato prossiga com sucesso, os envolvidos sejam todos responsabilizados e o dinheiro recuperado para os cofres públicos. Afinal, toda a maracutaia dos corruptos precisa ter um fim e desejo que, no futuro, essa mega-investigação passe a ter uma grande importância para a nossa História tal como se tornou a operação Mãos Limpas na Itália.

Quem tiver que cair, que caia! Chega de roubalheira! O povo não aguenta mais!


OBS: Ilustração acima extraída de http://www.uniaogospel.com.br/wp-content/uploads/2016/06/renan-sarney-juca.jpg

8 comentários:

  1. É apenas uma farsa. Preparando o ambiente para pedir a prisão do Lula.

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  3. Caro Lacerda,

    Entendo que, se for efetuada a prisão de alguém, seja político ou não, precisa haver fundamentos como se vê na própria condenação criminal (que é obrigatoriamente fundamentada na decisão monocrática ou colegiada), ou na prisão cautelar quando se entende que, por razões preventivas, deve-se tirar o réu/investigado do convívio social para ele, por exemplo, não obstruir a Justiça.

    Acho mais provável haver uma prisão preventiva desses sujeitos do que a do Lula. Porém, se considerarmos o teatro político no qual nos encontramos, com várias desconfianças levantadas pelo PT acerca do STF e da Justiça em geral (como se os magistrados estivessem armando um "golpe"), há que se ter cautela quando se trata de uma figura ilustre de certa popularidade. Logo, para que não fique aparentemente caracterizado que possa ter ocorrido um direcionamento ao PT, é prudente que as autoridades judiciária participem um pouco do show midiático e punam com rigor políticos do PMDB, empresários, etc.

    A meu ver, não estaria havendo esse direcionamento. O que temos hoje é uma operação anti-corrupção que se desenvolve com respeitável autonomia. Tanto políticos do PT, do PMDB, do PP e até do meu PSDB estão sendo rigorosamente investigados. Nem o Gilmar Mendes anda a acariciar a cabeça do Aécio, muito embora ele tenha o seu entendimento como magistrado da nossa Corte Suprema que devemos respeitar.

    Voltando ao Lula, tenho a impressão de que dificilmente Moro determinará a sua prisão preventiva. O ex-presidente pode até ser condenado a uma pena restritiva de liberdade, porém acho que depois de proferida a sentença. E, se bobear, o Moro ainda pode pegar leve com ele deixando que, agora excepcionalmente, recorra em liberdade. Vamos aguardar!

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  4. Confesso que, se fosse eu juiz, teria muita cautela em mandar prender o Lula ou a Dilma devido à repercussão que isso possa causar no mundo político. Tal compreensão não pode ser ignorada por um magistrado porque a Justiça busca a paz social e aí, considerando o comportamento da militância do PT e movimentos sindicais, bem como a maneira como certos grupos sociais perceberiam os fatos, ainda que de maneira deturpada, todo cuidado é pouco.

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  5. Mas cada qual tem a sua própria interpretação dos fatos. Para o deputado afastado Eduardo Cunha, a divulgação do pedido no mesmo dia em que o Conselho de Ética iria votar o relatório que pede a sua cassação visou "a constranger parlamentares que defendem a minha absolvição e buscando influenciar no seu resultado", conforme o parlamentar do PMDB informa em sua nota. Como se o Janot pretendesse influenciar o colegiado com o seu requerimento ao Supremo...

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  6. Eles deveriam estar presos há mais tempo.

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  7. Dr. Rodrigo, até hoje, não entendo como alguém poderia administrar um país com uma inflação de 5% ao dia, aposentados sem receberem há 3 meses, um mundo de estatais e bancos estaduais falidos, tendo que cumprir com uma nova constituição recheada de benefícios aos trabalhadores, como, por exemplo, o auxílio desemprego e não sei se, ainda, hoje, o trabalhador continua a receber. Cito entre as estatais falidas, na ocasião, a Petrobrás, Eletrobrás, CSN, Cosipa e a Vale.




    Estou me reportando a 1991, foi assim que o presidente Fernando Collor, recebeu o país e conseguiu reverter tal quadro. Foi cassado sob alegação de caixa dois, quando não havia tal controle, e por ter recebido um Fiat popular, quando ele era um homem rico e dono de várias empresas. Lembro-me, que ele tinha um controle de doação para sua campanha no qual foram arrecadados US$ 102 milhões,restando uma sobra que usaria para cobrir seus gasto pessoais, já que o salário de presidente não supriria suas necessidades. Foi sincero e honesto.
    Hoje, os comunistas roubam trilhões de dólares e nada acontece aos tais. Concluo, assim, que vivemos num mundo bizarro, onde os bons são ruins e as pessoas do bem são malignas e vice versa.
    Bom, o presidente que transmitiu tal situação foi o Sr. Sarney, até hoje aplaudido.
    Hoje, felizmente, li que o Temer mudou o voto do Brasil na ONU, apoiando Israel, faltando agora restabelecer o embaixador.
    Enfim, ainda existe uma luz no fim do túnel.

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  8. Olá, amigo!

    Eu nunca deixo de acreditar que haja luz no final do túnel, mas pondero para não beatificar uns e demonizar outros.

    Realmente o desafio de Collor era difícil e ele falhou em pegar atalhos bem como descumpriu a sua palavra em não mexer nas poupanças. Proporcionalmente ao tamanho da economia, não sei se a maracutaia chegou a ser maior ou menor naqueles tempos, mas não acho que ele tenha sido um presidente maravilhoso, sendo que desconfio de sua honestidade.

    Na questão de Israel, o Brasil teria dito que irá reavaliar. Sou a favor do restabelecimento do embaixador no país amigo, mas que mantenhamos equilíbrio para não sermos parciais nessa briga entre judeus e palestinos, lembrando que estes são muitas vezes massacrados injustamente pelo governo israelense... Logo, o Serra precisa ter um bom discernimento aí. Todavia, acho que o ministro fez bem em se posicionar contra a praga do bolivarianismo na América Latina.

    Vamos acompanhar desejando que o bom senso prevaleça.

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