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sábado, 18 de junho de 2016

Curtindo meus dias de frio...




Com tanta mudança climática, já não seria mais correto dizer que as cidades brasileiras, na sua maioria, enfrentem um inverno frio. Temos, sim, dias como os que ocorreram recentemente neste mês de junho em que a temperatura abaixou consideravelmente por aqui. Inclusive, localidades do litoral sul-fluminense, a exemplo de Mangaratiba, andou registrando mínimas abaixo de 10ºC esta semana mesmo. E olha que nem entramos no inverno!

Confesso que esse friozinho não me surpreendeu uma vez que já vivi em lugares de altitude como Nova Friburgo, na região serrana fluminense (Serra do Mar), e Juiz de Fora, que é a principal cidade da Zona da Mata mineira, situada no Vale do Paraibuna, na Serra da Mantiqueira. E, quando vim para cá, no ano de 2012, trouxe comigo vários agasalhos, entre os quais esse poncho boliviano na foto acima feito com os pelos da lhama, um animal típico dos Andes.

Quando vivia em Nova Friburgo, com tantas tentações gastronômicas na cidade e um custo de vida menor do que na atualidade, eu me deliciava fazendo minhas refeições com Núbia nos restaurantes de lá a um preço bem mais acessível que no Rio de Janeiro. Apesar da dieta dela, nossos pratos preferidos eram as massas e as tortas. Curtíamos os cafés que lotavam nessa época do ano. num saudoso tempo em que não doía tanto em meu bolso gastar R$ 30,00 numa loja de doces. Em casa, macarronadas ao sugo e a minha pizza recheada com cebola faziam a festa quando não queríamos descer os cinco andares de escada do nosso apartamento na rua Farinha Filho (ler a postagem Churrascos e pizzas, publicada em 12/09/2010, onde consta a receita da pizza).

Cá em Muriqui, além de não ter estabelecimentos com a mesma variedade e refinamento que encontrava com facilidade por Nova Friburgo, a grana tem andado curta ultimamente. Até assar uma pizza em casa tornou-se proibitivo para as nossas finanças. Então, resolvi por em teste um delicioso prato de arroz bem simples de fazer, o qual aprendi me inspirando no que ensinou um amigo meu do Uruguai chamado Miguel.




Não tem nenhum segredo! Boto o arroz pra cozinhar normalmente e, antes do alimento ficar totalmente seco na panela, despejo o molho de tomate com azeitonas e mais alguns ingredientes de tempero misturados. Deixo borbulhar um pouquinho e aí sirvo no prato ralando em cima um queijo tipo parmesão (prefiro do que usar esses produtos industrializados que vem no saquinho). E, já que sou um comilão, coloco no recipiente da comida uma lasca de manteiga com o queijo por baixo para derreter. Fica show de bola! Dá pra fazer tanto com arroz branco como com o integral. Só não sei de cabeça como os uruguaios e argentinos chamam esse cardápio muito popular na foz do Prata, sendo o alimento cotidiano de várias famílias pobres de lá.

Neste sábado (18/06), além de ter jantado o tal arroz, tomei antes com Núbia um chocolate quentinho feito por ela. Geralmente gostamos de consumir sem nenhum ingrediente extra, mas, às vezes, acrescento canela e até mesmo gengibre em nossa bebidinha que tanto ajuda a esquentar os dias frios do outono e do inverno.

Mas como já dizia Moisés, "nem só de pão vive o homem", de modo que, durante as manhãs e tardes do sábado, arrumo um tempinho para abrir um livro, o que cai muito bem nessa época, lembrando aqui daquela música do Djavan, Um Dia Frio (clique AQUI para assistir o vídeo no Youtube). Assim, hoje dei continuidade à leitura sequencial da extensa obra de Lira Neto sobre o ex-presidente Vargas que recebi de presente em abril quando visitei minha mãe no Distrito Federal. Ao todo, são mais de 500 páginas apenas no primeiro volume, Getúlio: dos anos de formação à conquista do poder (1882-1930), mas que vou avançando aos pouquinhos.




Finalmente, só lamento não termos as Olimpíadas agora em julho. Assistir aos jogos no auge do inverno sempre teve um sabor especial para mim assim como acompanhar o Mundial (de futebol). Pois nada mais gostoso do que ver as partidas pela TV enrolado nas cobertas. Ou sentado no sofá vestindo o meu poncho boliviano que de modo algum ouso sair pelas ruas com ele, deixando só para usar em casa.

Um ótimo finzinho de outono e começo de inverno para todos!

2 comentários:

  1. Mano, como o apetite aumenta com o frio, aí o seu grude vira prato refinado, não é? Agora, convém que você venha a desfilar com seu poncho boliviano, acompanhado de um chapéu característico, para a alegria do povo de Mangaratiba. kkkkkkkkkk

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    1. Toninho,

      Se eu sair com esse poncho por Mangaratiba, a maioria das pessoas que nem conhece essa peça de roupa vai achar que sou um ET. Além de que, durante o dia, coma elevação da temperatura, fica complicado manter o agasalho no corpo. Amanhã mesmo tem previsão de mais de 25º C e pode dar até praia!

      Mas esse arroz fica mesmo uma delícia no frio, além de ser prático para preparar. Lembra uma versão do arroz portenho que é muito comum na culinária argentina. Mais nutritivo que uma macarronada com a vantagem de não conter o vilão do glúten. (rsrsrs)

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