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terça-feira, 29 de março de 2016

Agora que o PMDB deu linha...




Já estava decidido! Nesta terça-feira (29/03), o Diretório Nacional do PMDB oficializou antecipadamente o rompimento com o (des)governo Dilma, determinando que os seis ministros do partido e os filiados que ocupam outros postos no Executivo federal entreguem seus respectivos cargos.

Hipocritamente, o vice-presidente Michel Temer preferiu não participar da reunião de hoje, mas quem ainda acredita em sua imparcialidade nesse caso? É lógico que ele e o seu partido fisiológico são os maiores interessados no impeachment

Curioso, que esse encontro durou apenas 4 minutos e 12 segundos. Não houve discursos, somente um rápido pronunciamento do senador Romero Jucá (PMDB-RR), o qual presidiu a reunião. Afinal, já estava tudo acertado nos bastidores e não havia mais volta.

Embora eu seja a favor da saída da presidenta (já escrevi em postagens anteriores que defendo novas eleições e a anulação dos votos da chapa Dilma/Temer), não vou bater palmas para o PMDB. Muito pelo contrário! Considero-os um bando de traíras que se beneficiaram com o governo enquanto puderam. Assim fizeram com o PSDB durante a era FHC e depois aliaram-se ao PT de Lula onde permaneceram até a presente data comendo no mesmo prato que a atual mandatária.

Mas verdade seja dita que há quadros do PMDB que andam envolvidos até o pescoço com as investigações da Polícia Federal na operação Lava Jato. E, sinceramente, os caras compraram uma tremenda briga com o PT de modo que, quer derrubem a presidente ou não, eles correm o fundado risco de serem delatados e denunciados.

Ora, nessa esteira do rompimento dos peemedebistas, siglas até então aliadas do governo, como PP, PR, PSD e PTB, as quais compõem a base de sustentação de Dilma, também já estudam o desembarque. E, considerando que os quatro partidos juntos somam 139 deputados, o impeachment torna-se cada vez mais próximo de ocorrer.

Todavia, o jogo não acaba por aí. Se o mercado acha que o impeachment trará alguma tranquilidade à economia, discordo. Infelizmente, o cenário político tende a permanecer tenso no país a não ser se colocarem panos quentes em tudo, consigam fazer do PT um bode expiatório e apaguem da memória do povo as acusações que pesam sobre Eduardo Cunha, bem como as gravações e as delações envolvendo o nome do vice-presidente, o caixa do PMDB no petrolão, etc.

Assim, aguardemos por mais alguns meses pois os fatos mostrarão, por si só, o quanto essa cambada é unida pelo Brasil...


OBS: A foto acima, referente à convenção do PMDB, foi extraída de uma página da Agência Brasil em http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/_agenciabrasil2013/files/fotos/1005891-df_dsc_6332.jpg

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