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terça-feira, 11 de junho de 2013

A revelação divina dada aos humildes



Hoje acordei de madrugada e, tendo ido ao banheiro, perdi o sono. Levantei da cama e fui até à sala abrir minha Bíblia afim de dar prosseguimento à leitura que estou fazendo do Evangelho de Lucas. Comecei o capítulo dois que fala do glorioso nascimento do menino Jesus.

Desta vez, o que mais me chamou a atenção na leitura bíblica diária foi a escolha daqueles simples pastores da Judeia para serem testemunhas oculares da chegada do Filho de Deus ao mundo. Os anjos não anunciaram a notícia nos palácios, no Templo, nas sinagogas dos fariseus e nem na casa do sumo sacerdote, o qual era uma espécie de "papa" da religião judaica na época. Entretanto, a revelação se deu com aqueles impuros pastores, homens cuja profissão os tornava cerimonialmente impróprios para as atividades litúrgicas, segundo as regras contidas na lei mosaica.

Interessante como que Deus está bem acima das nossas concepções pessoais, morais e culturais, bem como da nossa religiosidade. Não é mesmo? 

Os pastores, além de serem considerados cerimonialmente "imundos", assim como também eram os apóstolos pescadores, ainda poderiam ser alvos da desconfiança das pessoas porque andavam para lá e para cá pelas terras da Palestina em busca de pasto para o gado. Que status eles tinham? Quem acreditaria em suas versões sobre o nascimento do Messias prometido que a nação de Israel há tanto tempo aguardava?

Ainda assim, foram eles que tiveram o privilégio de ver Jesus bebê e, ao terem a experiência do encontro com a criança deitada numa pobre manjedoura, não levantaram seus questionamentos científicos ou teológicos. Tão pouco ficaram indagando por que o Deus não proveria um lugar melhor para o seu Cristo vir ao mundo?

Contudo, os tais pastores foram correndo até Belém crendo na visão que tiveram. Para eles que tinham o coração puro e livre de conceitos fechados sobre a vida, poderiam compreender melhor a grandeza dos acontecimentos. Afinal, mil anos antes, o rei Davi também tinha sido um deles antes do profeta Samuel ungi-lo como líder de Israel no lugar de Saul porque "o SENHOR não vê como vê o homem. O  homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração" (1Sm 15:7)

Depois de acharem o menino, os pastores retornaram glorificando e louvando a Deus. Grande era a alegria daqueles homens apesar de toda a circunstância negativa na qual viviam juntamente com a maioria do povo judeu. E ninguém poderia tirar deles o júbilo pelo maravilhoso encontro que tiveram com o Rei dos reis. 

Meu querido leitor, saiba que esta mesma alegria também pode ser sua. Basta abrir o seu coração e se entregar a Deus sem reservas. Deixe Jesus amá-lo, cuidar de suas feridas, tratar de suas dores e conduzi-lo para as pastagens verdejantes. Não exija respostas às suas dúvidas como condição para essa feliz vida abundante que o Senhor promete aos que seguirem seus passos. Simplesmente permita ser tocado pelo doce Espírito. Tenha um ótimo final de tarde!


OBS: A ilustração acima refere-se ao quadro A adoração dos pastores (1622) do pintor holandês Gerard van Honthorst (1590-1656) e que se encontra atualmente no Wallraf-Richartz Museum, em Colônia, Alemanha. Foi extraído do acervo virtual da Wikipédia em http://en.wikipedia.org/wiki/File:Gerard_van_Honthorst_001.jpg

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