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segunda-feira, 8 de abril de 2013

A dieta da dona Dilma

É um absurdo como os preços do tomate e de muitas hortaliças têm subido tanto! Vegetais comuns chegam a ser tão caros quanto comprar carne em um açougue!

O populista governo do PT caminha na contramão da ecologia contribuindo para aumentar o consumo do boi, do porco e do frango. Quanto mais o brasileiro ingerir carne, mas hectares de florestas serão transformados em pastagens na Amazônia. Mais obeso o povo ficará e mais probabilidade de desenvolver um câncer terá.

Mas não é fazer churrasco todo fim de semana que o brasileiro tanto gosta de Norte a Sul do país? As pessoas não desejam ter bife com fritas todos os dias em suas mesas?

Pois é.  Como todo governo populista, Dilma quer agradar o eleitor brasileiro incentivando a diminuição do preço da carne por mais que a população esteja cultivando hábitos errados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Promover uma dieta verdadeiramente nutritiva e responsável não faz parte da pauta diária do Palácio do Planalto ainda que existam estudos ou propostas nesse sentido. Afinal, as eleições presidenciais e nos estados estão chegando. Falta pouco mais de um mês para a madame conseguir a reeleição.

Se a economia agora está dando sinais de desaceleração por causa da crise internacional, o PT já precisa ficar de olho na elevação do custo de vida devido à inflação provocada pelos últimos anos de aquecimento da produção industrial agora com leve redução. Isto porque, se as pessoas não tiverem um aumento na renda igual ou superior à elevação dos preços, o cidadão vai ficando insatisfeito com a política e começa a achar que precisa mudar.

É lamentável que as coisas precisem ser desse jeito no Brasil. Não se trata apenas de um condicionamento eleitoral dos governantes para se manterem no poder. Pra mim, é falta de consciência mesmo!

Dilma, assim como boa parte da cúpula do PT, composta por velhos opositores do regime militar, voltou-se mais para um estado de bem estar conformista do trabalhador. Após terem desistido da luta armada para disputarem eleições, a presidenta e sua turma pouco deu importância às necessidades de conservação dos recursos naturais. Não entrou na cabeça dessa gente que nos governa o quanto as futuras gerações depende de uma política ambiental séria que precisa ser adotada com urgência hoje em dia. Ou melhor, já deveria ter começado ontem.

Com a população mundial cada vez mais crescendo (a projeção é de que ainda cheguemos a uns 10 bi), será necessária uma redução no consumo de carne se quisermos que todos os demais habitantes do planeta possam se alimentar fraternalmente. Mantendo-se os atuais hábitos dietéticos insustentáveis, somente será possível suprir as necessidades nutricionais de no máximo 8 bilhões, caso haja também uma correta distribuição de comida. Só que, se a humanidade conseguisse abolir a carne, satisfaríamos um número cinco vezes maior acima desse limite previsto. Ou seja, sustentaríamos até 40 bilhões de pessoas!

Infelizmente, os governantes são um reflexo do povo e a medíocre democracia brasileira ainda não aber espaços para que candidatos mais conscientes como Marina Silva, Heloísa Helena ou Fernando Gabeira possam chegar à chefia do Poder Executivo Federal. Se algum dia um deles vier a vencer uma eleição, mesmo para a Prefeitura de uma capital, precisarão adotar um discurso adequado ao nível de consciência das massas. Terão que fazer também alianças com outros setores retrógrados da política e precisarão ser firmes para alcançarem seus objetivos visto que os meios nos desviam dos fins.

Desculpem-me pelo realismo pessimista, mas, se nenhum evento extraordinário ocorrer na política ou na economia do país, algo mais grave do que um escândalo de corrupção, ainda teremos que aturar a turma da Dilma por pelo menos mais quatro anos. Porém, tendo em vista o grave estado de saúde do planeta, ignorado pela grande maioria de seus habitantes, mais um mandato nas mãos do PT será tempo demais. E aí as futuras gerações não pouparão a nossa em suas severas críticas pelas dificuldades que poderão enfrentar amanhã.

Um comentário:

  1. O quilo do tomate em alguns lugares já andou custando quase dez reais! Hoje mesmo eu li no Yahoo! que tem brasileiro indo comprar tomate na Argentina... Se algum manifestante descontrolado resolver jogar tomate na presidenta, vai precisar pensar duas vezes por causa do custo do protesto. Uma dúzia de ovos custa muito mais barato. (rsrsrs)

    Mas falando sério, acho que as demais lideranças sociais bem que poderiam contribuir para a conscientização do povo que é o fator principal para haver mudanças significativas na nação. Se, por exemplo, pastores e padres pregassem nas suas igrejas sobre a importância de uma alimentação mais saudável e responsável, incluindo o vegetarianismo nos seus eventos paroquiais, a resposta da população brasileira seria outra. Quem sabe assim surgiriam protestos em Brasília contra o aumento nos preços das hortaliças e legumes?

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