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sexta-feira, 8 de março de 2013

E se você fosse a PresidentA?

Acho que muitos brasileiros já tentaram responder à pergunta sobre o que fariam caso ocupassem a cadeira número 1 do país. Eu mesmo, desde a infância, sempre ousei dar opiniões desse tipo. Cheguei, inclusive, a formular propostas absurdas e totalmente fora da realidade.

A medida em que fui crescendo (e agora amadurecendo), bem como conhecendo a política mais de perto, minha resposta foi mudando. Passei a viajar menos na maionese e nos pitacos que emito quando me sinto indignado com o governo de modo a colocar mais os pés no chão da nossa realidade sociológica, jurídica, política, orçamentária e cronológica.

O tempo de mandato de um presidente da república é curto e muitos são os compromissos assumidos antes e depois da campanha eleitoral. O loteamento dse ministérios é um mal praticamente inevitável em nossa imensa federação que mais parece uma confederação de grupos. Conviver com o apoio de um PMDB ainda é inevitável. Pois, sem os votos desse partido medíocre e fisiológico, fica difícil conseguir governar no sentido de formar uma base aliada no Congresso para a aprovação dos projetos oficiais. Logo, é preciso ceder e nomear pessoas que detesto vê-las a frente dos órgãos públicos e entidades estatais.

Entretanto, mesmo nesse sistema viciado, há uma parcela significativa do poder que um presidente tem em sua caneta para promover alguma diferença. Nestas horas, o político não pode desperdiçar a oportunidade de procurar atender às principais necessidades coletivas do nosso povo: a saúde e a educação.

Certamente, todos os candidatos prometem cuidar dessas duas importantes áreas básicas de todo governo num país de população ainda pobre como é o Brasil. Só que, na verdade, eles prometem coisas de uma maneira genérica. São incapazes de detalhar clara e suficientemente as suas propostas bem como de enfrentar a terrível máfia da saúde. Também em nada revolucionam o ensino nas escolas públicas e aí as coisas vão mudando a passos bem lentos sendo maquiadas com números que só servem mesmo para aparentar um falso crescimento e esconder a má qualidade educacional.

Ao contrário do que propõe o pedetista Cristóvão Buarque, no que ele defende quanto à sobre a educação, penso ser desnecessário federalizar os dois serviços que o Estado necessita prestar ao povo por longas décadas. O fato do governo federal ter a maior parte da grana já permite à presidenta imprimir os critérios que serão observados por um município ou estado-membro através do condicionamento da verba. Claro que isso cria a necessidade de fiscalizar melhor a educação de base, mas é uma solução que me parece ser bem mais democrática e viável do que centralizar. Eu diria até que a municipalização seja mais acessível para o cidadão acompanhar a escola do seu filho.

Se fosse presidente, eu me preocuparia em primeiramente estabelecer um ensino em tempo integral obrigatório no país, elevaria o salário dos professores, aumentaria a quantidade de profissionais e criaria uma nova disciplina escolar. Não pensaria apenas em colocar o conteúdo programático na cabeça das crianças e dos adolescentes. Preferiria lhes proporcionar uma educação para a cidadania bem sólida para que cada brasileiro futuramente conheça melhor os seus direitos e deveres, assumindo cada qual a responsabilidade na construção do país.

E a saúde?

Bem, sendo muitos dos serviços de saúde ainda caros, deve ser dada preferência à implantação de medidas preventivas. A presidenta deveria dar uma atenção mais especial à saúde mental porque hoje as pessoas estão surtando e cada vez mais trabalhadores ficam inválidos por causa da depressão. Dona Dilma tem que enfrentar com mais garra essa epidemia do crack não apenas internando quem já faça uso da droga, mas principalmente estudando meios de evitar que outros jovens venham a cair nas armadilhas da dependência química.

Essas são algumas das opiniões de um cidadão inconformado com os rumos da nossa política. Não me julgo dono da verdade e nem acho que tenho todas as soluções. Menos ainda ignoro o que já tem sido feito, mas considero fundamental que cada brasileiro manifeste-se sem medo de dizer o que pensa porque o diálogo é fundamental para construirmos um país melhor. E nisto a internet tem muito a ajudar.

Um ótimo final de semana a todos!

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