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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O que esperar do futuro papa?



Não tenho dúvidas de que, por trás dessa tão falada renúncia do Bento XVI, estão interesses da Igreja Católica por uma renovação. Até aí, poucos analistas têm dúvidas. Afinal, o Vaticano tem enfrentado escândalos, inclusive envolvendo denúncias sobre pedofilia de alguns padres com uma suposta omissão do atual pontífice.

Entretanto, não sinto que seja isso o motivo real da mudança e menos que o papa esteja se sentindo tão cansado assim.

Nos últimos anos (e décadas), a Igreja Católica tem perdido muitos adeptos no mundo. Não apenas no Brasil milhões passaram para o protestantismo como também na Europa há catedrais virando museus por falta de interesse religioso da população de lá. E tenho por certo que o Vaticano está é mais preocupado com o número do rebanho.

Pois bem. Então o que esperar do futuro papa? Como ele agirá?

Qual ala da Igreja representará mais?

Sinceramente, duvido muito que vejamos um líder progressista que, por exemplo, aceito casar homossexuais. Menos ainda que ele venha a pender para o lado da Teologia da Libertação preocupando-se em eliminar as causas da miséria social. Logo, o que provavelmente deve acontecer será um personagem mais dinâmico em sua comunicação e sensível a algumas questões que saberá dosar o conservadorismo com as necessidades do proselitismo religioso.

Enfim, acho que o futuro próximo pope possivelmente será um conservador com uma aparência mais moderna.

6 comentários:

  1. Rodrigão

    Eu penso assim:

    Enquanto o Papa for chefe espiritual da igreja e chefe de estado, a coisa vai continuar na mesma, isto é, degringolada. Juntar poder político e econômico com religião nunca deu certo. (rsrs)

    O "dai a César oque é de César, e a Deus o que é de Deus" - está mais atual do que nunca. (rsrs)

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  2. Caro Levi,

    Concordo sobre o que colocou. O Reino de Jesus não é deste mundo e, se os papas são considerados "sucessores de Pedro" e "representantes de Cristo" pela visão do catolicismo romano, então que diabos é esse negócio do líder da maior seita cristã ser também chefe de Estado? É contraditório!

    Igualmente, o mesmo digo acerca do banco do Vaticano quando se tem no Evangelho uma bem-aventurança reconhecendo o valor dos pobres...

    Na época do papa João XIII, falava-se mais sobre ecumenismo cristão e um sistema de colegiado. Veio o JP II, apoiado pelo então cardeal Joseph Alois Ratzinger, e ocorreram muitos retrocessos. Principalmente no campo social.

    Talvez o catolicismo se torne mais católico (rsrsrs) e retome a linha do ecumenismo com o futuro papa visto que Ratzinger não evoluiu tanto no diálogo com os protestantes mas ousou numa boa relação com a comunidade judaica reconhecendo que os judeus não são culpados pela morte de Jesus.

    Enfim, talvez vejamos avanços ouco significativos. Pequenas reformas e não uma revolução.

    Abraços.

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  3. Rodrigão, não esqueço você viu? Tenho saudades de você na confraria L&M Pena que você sumiu totalmente.

    Será que estamos vivendo as profecias dos fins dos tempos? Apostasia, o saber sendo multiplicado, o amor de muitos esfriando? Há quem diga que a grande babilônia é Roma ou melhor o vaticano.

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  4. OLá, Gui.

    Fico feliz por ler vc novamente aqui. Obrigado por se lembrar.

    Realmente, não tenho tido muitas oportunidades de ficar navegando na internet como fazia antes. Tenho trabalhado mais e só agora, no final de fevereiro, solicitamos os serviços de acesso à internet lá pra casa. Os equipamentos do Velox deverão chegar em março (eu espero).

    Sobre o que colocou, penso que, desde os tempos do apóstolo Paulo, isso tudo já ocorre. Em sua epístola a Timóteo, ele já havia previsto o que ocorreria após sua partida e a história de fato comprovou. E um dos sinais da corrupção eclesiástica foi o apego ao poder político (oficialização do cristianismo como religião do Império Romano). Paulo também disse que, nos últimos tempos, surgiriam homens proibindo o casamento e não demorou muito para a Igreja Católica impor a obrigatoriedade do celibato para os padres...

    Proibindo o casamento, e ordenando a abstinência dos alimentos que Deus criou...(1Tm 4.3)

    Mas será que a "grande Babilônia" do Apocalipse restringe-se ao Vaticano? Penso que não. POis a meu ver, tal passagem de Revelação é simbólica de todas as babilônias da história. Tanto daquela de Nabucodonosor, da Roma dos imperadores tiranos e dos dias de hoje. Por exemplo, vejo que muitas igrejas do ramo evangélico compõem o sistema babilônico que sempre sugou/explorou o mundo.

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  5. EM tempo!

    Já que falei na questão do celibato, não duvido que, com o futuro papa, a IGreja Católica até venha a rever esse absurdo dos tempos medievais (na Idade Antiga já havia comunidades cristãs altamente repressoras com líderes proibindo o casamento).

    No entanto, mesmo que a IGreja Católica venha a por fim ao celibato dos padres que não tomaram o "voto de castidade", como no caso do clero secular, ou se torne uma seita cristã de fato mais universalista, penso que seriam reformas de pouca significação para as transformações sociais que espero.

    Hoje o mundo precisa de um novo paradigma. Precisa acabar com a miséria, as guerras e a destruição do meio ambiente. E, nessas coisas, o Vatricano ainda age de maneira muito tímida, formalista e, na verdade, comprometendo-se com os poderosos.

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