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domingo, 6 de março de 2011

Cinco anos de casamento


"Alegre-se com a esposa da sua juventude."
(Mishlê 5.18b; NVI)


Nesta última sexta-feira, eu e Núbia completamos cinco anos de casamento formal. Mas também estamos comemorando 12 anos de relacionamento comprometido, visto que nos amamos pela primeira vez no Carnaval de 1999, na localidade de Sana, situada bem nas serras macaenses.

A maioria dos países ocidentais considera o quinto ano de matrimônio como as bodas de madeira, mas que, aqui no Brasil, também é denominado bodas de ferro. Já o décimo segundo ano seriam as bodas de seda ou de ônix.

Particularmente eu considero o casamento civil algo sem importância para as relações entre as pessoas, exceto no plano jurídico, sem que haja qualquer interferência quanto à questão espiritual. Também penso que o matrimônio não depende da celebração pública para ocorrer perante Deus, mas não me desfaço da importância de que a sociedade possa comemorar o evento e se tornar ciente da união entre um homem e uma mulher.

De qualquer modo, eu e Núbia só passamos a viver juntos debaixo de um mesmo teto após assinarmos os papéis. Até então, depois que nos conhecemos no Sana, ficamos sete anos nos encontrando aqui em Nova Friburgo ou em Niterói (cidade onde ela foi nascida e criada), bem como chegamos a viajar para diversos outros lugares.

Não acho que namorar à distância seja 100% satisfatório e tão pouco uma espera de sete anos para juntar as escovas de dente, tempo que correspondeu praticamente ao mesmo que Jacob trabalhou para seu sogro Labão afim de casar-se com Raquel. Pra mim, os namoros deveriam ser breves, só com mãozinha dada, sempre com intenções de casamento e, finalmente, tornar-se logo um curto noivado que dure cerca de seis meses. Só que isto é apenas o que idealizo, pois, na realidade, sabemos que as coisas são bem diferentes pois ninguém tem uma história igual a um padrão.

No meu caso, a experiência de ter me casado com Núbia e estarmos vivendo juntos um quinquênio acabou sendo um significativo acréscimo de experiência aos sete anos que já tínhamos nos relacionado. Se antes o que predominou na nossa relação foi a euforia e a curtição nas viagens por lugares exóticos, ultimamente temos atravessado lutas e muitas batalhas pela sua saúde.

Entre as dificuldades da vida, tenho aprendido a construir um amor com Núbia, tentar ser um companheiro mais presente e buscar entusiasmo para fazê-la feliz. E, justamente porque um faz parte do cotidiano do outro, temos tido a oportunidade de aprender coisas que, na certa, jamais compreenderíamos caso a nossa relação continuasse a encontros de férias e nos finais de semana. E o sofrimento tem me ensinado, embora seja evidente que eu prefiro que Núbia estivesse bem, com sua saúde totalmente restabelecida e que tivéssemos novas chances de viajarmos pelo mundo

Apesar das proveitosas experiências obtidas nos últimos anos de casamento, que acabaram sendo mais significativas do que os inesquecíveis passeios do namoro, sei que cinco anos juntos ainda é muito pouco para que um homem possa considerar-se um marido suficientemente acrisolado. O ferro, embora seja um metal duro e resistente, é considerado dentro da Química como um elemento de transição e está sujeito à oxidação e pode muito bem ficar enferrujado. Porém, pode também ser transformado em aço que é uma liga metálica cuja característica capaz de distingui-la do ferro é a sua maior ductilidade. Ou seja, o aço é mais resistente do que o ferro no processo de ensaio de tração.

Já a madeira, sabe-se que também é um material naturalmente resistente e sólido, graças às fibras de celulose e hemicelulose que são unidas por lignina. Por tal característica, somada também à impermeabilidade, a madeira é utilizada há séculos na construção civil e na fabricação de móveis. Contudo, é preciso protegê-la contra a ação do fogo e do ataque de cupins.


No atual momento de minha vida, peço a Deus que me conceda graça, força, direção e vitória contra os inúmeros defeitos que tenho. Oro para que o Eterno restaure a saúde de minha esposa, curando-a completamente, e lhe dê ânimo, abençoando nossa união.

Nossa comemoração deste dia 4 foi bem simples. O clima estava chuvoso e com temperaturas amenas. Fomos a um restaurante aqui no nosso quarteirão onde há um delicioso rodízio de sopas e ficamos lá por um tempinho. Depois voltamos pra casa afim de dormir.

Mesmo com tantas lutas e problemas, estamos comemorando este momento e creio além das aparências podendo dizer que até aqui Deus nos ajudou.


OBS: A primeira imagem refere-se à cerimônia celebrada pelo pastor Renato Gonçalves em que me casei com a sempre jovem mulher Núbia Mara Cilense, em 04 de março de 2006, num sítio situado na RJ-130, rodovia que liga Nova Friburgo a Teresópolis. Já a segunda foto foi na viagem que fizemos à Amazônia (janeiro/fevereiro de 2000), tratando-se de um passeio de barco pelo rio Xingu. A terceira foi na Bahia (maio/2005). E a última foi quando nos conhecemos no distrito do Sana, município de Macaé (RJ), no Carnaval de 1999, mais precisamente no "Bar do Jamaica".

7 comentários:

  1. Gostei da sua historia de amor, eu quis fazer igual com uma moça, viajei uma vez de avião, fiz planos para mais vezes, mas ela não foi forte para esperar viver a altura dos planos que tínhamos, enfim, de qualquer jeito seria bonito, e gostoso namorar e se ver pouco mas em ocasiões espiais e lugares bonitos.

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  2. Rodrigo

    Boas bodas e bom carnaval.

    Mate as saudades no "Bar do Jamaica", ao som de um frevo de Capiba, comendo aqueles tiragostos que você e a Núbia degustaram pela primeira vez, acompanhado de uma cerveja bem geladinha. Lembra-se? (kkkk)

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  3. Que linda sua história, e como você é um homem um pouco raro, centrado e agradecido, tenho certeza que dias melhores virão, sua esposa deverá ficar boa e vocês viverão muitas viagens mais, é o que desejo e passo a torcer!!! Torço também pra tenha encontrado bons médicos.Parabéns pelos 12 anos!!!

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  4. Olá, amigos.

    Primeiramente muito obrigado pelos comentários e pelas parabenizações de todos vocês!


    GRESDER,

    Acredite no sonho de conhecer uma mulher legal com quem poderá construir um futuro juntos. O casamento é algo muito bom. Eu prefiro estar casado do que vivendo um relacionamento pela metade, restrito a viagens e ecnotnros de finais de semana. É bom dormir e acordar ao lado da pessoa que amamos.


    LEVI,

    Realmente seria uma boa dica voltar com Núbia ao Sana afim de relembrarmos os tempos em que nos conhecemos. Curiosamente, quando fizemos um ano de namoro, voltamos lá, mas não foi a mesma coisa (não se toma banho no mesmo rio duas vezes). Mas a dica é boa, sendo que deve fazer uns 8 anos que não volto no Sana, pois as últimas vezes foram caminhadas que fiz sozinho naquela região (existe trilha que vai do distrito friburguense de Lumiar até lá passando pelo meio da floresta e das fazendas). E fui também algumas vezes representando a ONG da qual fazia parte nas reuniões da comissão que estava formando o comitê da bacia hidrográfica do rio Macaé onde algumas delas ocoreram numa casa da emrpesa de águas do município de Macaé e, após o pessoal ter discutido bastante o sexo dos anjos, finalmente foi montado o nosso "parlamento regional das águas", como são chamados esses organismos colegiados responsáveis pela elaboração das políticas de recursos hídricos para cada bacia. Aí, por causa desses compromentimentos com a política ambiental, acabei me afastando do Sana porque o local tornou-se um ponto de encontro não mais para o lazer. Mas como hoje não estou mais envolvido com o comitê, um retorno lá seria bem proveitoso sendo que o Sana possui belíssimas cachoeiras situadas nos córregos tributários do rio Sana que, por sua vez, é afluente do Macaé. Um lugar fantástico, mas deve ter crescido bastante nesses últimos anos. A dica da cerveja prefiro deixar para outra ocasião. Não que eu considere pecado ingerir bebida alcoólica, mas porque, no caso dela, o álcool seria incompatível com as "pedras" na vesícula, o quadro de esteatose hepática e as várias medicações controladas. E nem sei se os remédios pro reumatismo permitiriam. Mas, mesmo sem cerveja, seria legal retornarmos ao Bar do Jamaica com sua bela decoração dedicada ao raggae, mas que nem sei se ainda existe.


    WILMA,

    Obrigado pelo seu incentivo, amiga! Tenho fé e espero confiantemente que minha esposa vá melhorar. No momento, ela está para fazer uma cirurgia da vesícula. Fomos ao cirurgião no mês passado, mas, por causa da medicação controlada que ela toma, o anestesiologista dele criou restrições, querendo que ela fique 15 dias de suspensão dos remédios, mas a médica dela só liberou por 48 horas. Assim, estamos esperando há praticamente 3 semanas uma definição dos médicos. Tão logo termine o Carnaval, pretendo fazer um contato com o cirurgião para dar andamento e depois ainda vou enfrentar a auditoria da Unimed se eles vão aprovar a cirurgião de um problema que está em cobertura parcial temporária cuja urgência é discutível para o ponto de vista da seguradora.


    Um abraço a todos!

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  5. Em tempo!

    E pra quem diz que romance de Carnaval não dá certo, conosco está durando até hoje...

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  6. rodrigo, parabéns pelo aniversário (ainda que tardio...) rs

    abraços

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  7. Valeu, Eduardo! Muito obrigado pela lembrança!

    Grande abraço.

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